Gestoras de venture capital enxergam espaço para crescimento de fintechs no Brasil

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Gestoras de venture capital enxergam espaço para crescimento e fintechs no Brasil

Os ventos gelados do “winter tech” passaram longe do Web Summit Rio. Nos corredores dos salões de exposição e nos palcos de apresentações, houve um clima mais ameno entre investidores de venture capital. O dinheiro não sumiu, só está mais seletivo.

O Brasil continua no radar de grandes gestoras globais de venture capital, como a norte-americana Andreessen Horowitz (a16z). Uma das principais atrações no palco principal do Web Summit Rio no dia 2 de maio, Gabriel Vazquez, sócio da gestora e focado no mercado da América Latina, fez questão de ressaltar as oportunidades no Brasil, sobretudo em fintechs e healthcare.

Mas há uma onda geral de racionalidade. Os riscos estão mais comedidos. Presente no Web Summit Rio, Daniel Izzo, CEO, diz que ainda há muito espaço para a expansão de fintechs no Brasil. A Vox Capital, um dos investidores da Celcoin, tem cerca de R$ 1 bilhão, entre negócios já investidos e valores disponíveis para novos investimentos.

“Enquanto houver 40% dos brasileiros desbancarizados ou sub-bancarizados e cinco bancos concentrando 90% das contas correntes, há espaço para disrupção”, afirma Izzo.

Para o CEO da Vox Capital, os investimentos estão mais racionais que em 2020 e 2021. Ele ressalta ainda as oportunidades.

“A Celcoin é um bom exemplo, não apenas com BaaS, mas pela rede de agentes. Presente em mais de três mil cidades, a Celcoin consegue levar soluções de serviços financeiros para quem não tem conta bancária”, ressalta Izzo.

Na visão do investidor, o dinheiro para startups não acabou, apenas voltou para uma racionalidade. “A liquidez não foi embora, mas com Selic alta, o investidor escolhe com mais critérios onde pode correr riscos. Startups com plano de negócios, modelo e empreendedor, e que não estão com valuations malucas, vão conseguir captar”, diz Izzo.

Para o CEO da Vox Capital, os fundos ainda têm dinheiro para investir. “O que diminuiu foi o F.O.M.O (Fear of Missing Out). Voltamos a um patamar mais realista”, diz Izzo, fazendo referência à síndrome que provoca pavor em quem não consegue acompanhar o ritmo imposto pelos avanços tecnológicos.

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