As estatísticas do Pix na página do Banco Central (BC) mostram que, até o fim de julho, o total de usuários do meio de pagamento instantâneo chegou a 151,8 milhões. Desse montante, 139,4 milhões são pessoas físicas. São 800 instituições participantes do Pix e mais de 435,7 milhões de contas cadastradas.
No sistema financeiro brasileiro, 33 milhões de pessoas que nunca haviam feito transferências eletrônicas antes do surgimento do Pix tornaram-se usuárias do meio de pagamento instantâneo com regularidade. Nos últimos dois anos, 45 milhões de pessoas passaram a fazer transferências.
Os dados foram apresentados pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em reunião no Senado Federal, realizada em 10 de agosto. Segundo Campos Neto, está afastada a hipótese de cobranças de taxas para usuários do Pix. “Não vamos taxar o Pix”, afirmou Campos Neto.
Na apresentação, Campos Neto reforçou a mensagem sobre a importância dos pagamentos digitais para aumentar a inclusão financeira e a formalização da atividade. O presidente do Banco Central também comentou que está participando ativamente de debates sobre a internacionalização do Pix.
Open Finance é mola para inclusão
Além do Pix, o Open Finance também é um vetor de inclusão financeira e digital, na avaliação do BC. Campos Neto destacou que o sistema financeiro aberto já reúne mais de 37 milhões de consentimentos para compartilhamento de dados.
Em média, mais de 1 bilhão de chamadas de APIs têm sido registradas semanalmente na fase 2, etapa em que o usuário pode decidir por compartilhar os dados com instituições financeiras.
No total, 800 instituições já participam ativamente das fases 2 e 3. Vale lembrar que a fase 3 é o momento em que pagamentos por meio de aplicativos tornam a experiência do usuário mais fluida.