No que se refere à regulação sobre open banking, o Brasil está na sétima posição, segundo um levantamento da EY, mas o país dará um passo importante se os reguladores permitirem a entrada de empresas não financeiras no ecossistema de open finance, a exemplo do que aconteceu na Inglaterra e na Itália. Com essa análise, Thiago Zaninotti, CTO da Celcoin, abriu sua apresentação durante a Mesa Redonda – Open Banking: Mais oferta de valor aos clientes , organizada pelo Digital Money em 25 de agosto.
Durante sua apresentação, ele chamou atenção para o tamanho do mercado brasileiro. O open finance do Brasil nasce como o maior do mundo, disse Zaninotti. Segundo o CTO da Celcoin, quando o open banking foi apresentado ao mundo, no início de 2018, na Inglaterra, o ecossistema entrou no ar com nove participantes. No Brasil, começamos, em 13 de agosto, com 34 instituições, ressaltou Zaninotti.
Outra questão destacada pelo CTO da Celcoin foi o mito da concorrência entre fintechs e as instituições financeiras reguladas, sobretudo os bancos.
Com cerca de 180 fintechs conectadas e bancos entre seus clientes, a Celcoin destacou o papel das fintechs de democratizar o ecossistema de open finance e trazer oportunidades de negócios para todos os participantes: não apenas incumbentes, mas todo o universo de fintechs, sob a ótica da inovação.
Do ponto de vista regulatório, o Brasil tem condições suficientes para alavancar o uso do open banking em todo o território, democratizando o acesso, sobretudo em municípios onde não há agências bancárias. Para Zaninotti, o Banco Central do Brasil (BC) está usando tecnologia de ponta, aderindo ao OpenID, com algumas adaptações. “Isso traz a segurança tecnológica e segurança jurídica para atuar numa área muito regulada e regida pela lei de sigilo fiscal e uma série de regulações que protegem esse ambiente”, ressaltou Zaninotti.
Na visão do CTO da Celcoin, o Brasil vivenciará uma revolução bancária, com o open finance, a exemplo do que aconteceu na aviação comercial há décadas, quando o cliente tinha muito mais dificuldade para comprar um bilhete aéreo e validá-lo.