Ao longo dos últimos anos, o mercado financeiro se expandiu em ritmo acelerado. O avanço do Open Finance, o surgimento frequente de fintechs e a popularização dos bancos digitais vêm demonstrando a indiscutível relevância dos estudos de big data e da tecnologia informacional. Os dados são, de fato, grandes motores da economia digital.
Se antes a análise e o processamento eficiente de dados parecia uma regalia restrita a grupos seletos e às megaempresas, agora, é uma preocupação cada vez mais difundida. É essa difusão, fortemente derivada do sucesso dos sistemas financeiros abertos, que permite o desenvolvimento de aplicações que vieram para ficar: produtos digitais personalizados, ferramentas antifraude usadas pelas instituições de pagamento e muitos outros recursos.
Esse foi o tema da palestra Os dados são o tesouro do mundo financeiro digital, de Leandro Scalise, durante um evento voltado para a discussão do futuro dos bancos digitais. Scalise é um dos fundadores da RankMyApp, cuja coleção de dados proporcionou alguns insights interessantes sobre como as instituições financeiras se relacionam com o uso de aplicativos.
O levantamento revelou a vantagem das instituições que já nasceram conectadas ao digital: segundo as avaliações dos usuários, os aplicativos de bancos tradicionais são os que mais deixam a desejar em termos de performance quando comparados às interfaces de bancos digitais e fintechs.
Fatores como qualidade do serviço e experiência do usuário, cruciais para o aumento do número de acessos, são aprimorados por meio da análise precisa de dados. E um tratamento inteligente dessas informações pode ser a chave para melhorar a recepção das instituições pelo mercado. Neste cenário, as aplicações em marketing também estão entre as incontáveis possibilidades que a tecnologia informacional proporciona.
A partir dos dados, é possível gerar análises de sentimento dos usuários e outros relatórios de forte influência nos próximos passos das grandes empresas. Já é possível afirmar que esses são os estudos capazes de modelar as próximas décadas da economia digital, em especial por meio da aliança com a inteligência artificial. É essa a combinação que está por trás dos mecanismos que identificam e bloqueiam movimentações atípicas em cartões de crédito, por exemplo.
Em um mundo intensamente digitalizado, a ciência de dados tende a estar cada vez mais em evidência, tornando-se uma das grandes prioridades para os players de diversos segmentos do mercado.