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Com nova licença, APIs da fintech realizam iniciação de pagamentos e consulta de dados

A Celcoin fecha 2021 apta a entregar ao mercado um pacote completo de serviços para o ambiente Open Finance. O Banco Central do Brasil (BC) acaba de autorizar a fintech a atuar como Instituição de Pagamento (IP).

Com a mudança, as APIs, também conhecidas como interface de programação de aplicações, desenvolvidas pela Celcoin poderão ser usadas para facilitar consulta de dados e possibilitar serviços de iniciação de pagamentos.

Entre os novos serviços que a Celcoin poderá entregar ao mercado, estão a emissão e a liquidação direta de boletos, além de habilitar seus usuários de APIs de Pix a oferecerem soluções de Open Banking.

De acordo com Marcelo França, CEO da Celcoin, a fintech passará a emitir e liquidar boletos diretamente na Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), além de ter acesso ao Sistema de Pagamento Instantâneos (SPI).

Atualmente, 50 clientes usam a APIs de Pix da Celcoin. Como IP, a fintech também poderá habilitar esses clientes como participantes indiretos.

A Celcoin processa mensalmente cerca de R$ 2,5 bilhões em transações. Isso significa um aumento de 73% com relação ao volume transacionado em dezembro de 2020.

França diz que a expectativa é fechar 2021 com aproximadamente R$ 30 bilhões em transações totais. Em 2020, esse volume somou R$ 11 bilhões.

Mas o que faz uma Instituição de Pagamento?

Uma Instituição de Pagamento, de acordo com o BC, é uma pessoa jurídica que torna possível serviços de compra e venda e movimentações de recursos em um arranjo de pagamento. A IP não pode, no entanto, conceder empréstimos e financiamentos.

São as IPs que tornam possível um pagamento sem a necessidade de relacionamento com bancos e instituições financeiras. Isso é possível com o uso de um cartão pré-pago ou por meio de transações feitas com o um telefone celular.

Na prática, isso significa interoperabilidade. Com a atuação das APIs, esse ambiente e permite que usuário receba e envie dinheiro para bancos e instituições financeiras. É aí que entra todo o conhecimento da Celcoin.

O que munda para os clientes da Celcoin?

A partir da autorização para atuar como IP, a Celcoin aumenta seu poder de no mercado no papel de plataforma de Open Finance. A fintech poderá oferecer serviços como emissor de moeda eletrônica e iniciadora de transação de pagamento.

O próximo passo da Celcoin é atender a certificação de segurança, conhecida no mercado como FAPI. As equipes da Celcoin já participam de grupos de trabalho que estão desenhando o padrão aberto de transações financeiras no país.

Com a autorização do BC, a Celcoin também poderá ofertar soluções de infraestrutura de serviços financeiros. Além de ter acesso direto ao Sistema de Pagamento Instantâneos (SPI), ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e à Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).

Horizonte de novos negócios

Ao atuar como uma Instituição de Pagamentos, o horizonte de negócios da Celcoin se expande. Marcelo França, CEO da Celcoin, estima que a receita anual vai ultrapassar R$ 20 milhões.

 “A autorização do Bacen permitirá que nossas soluções alcancem outro patamar. Poderemos emitir e liquidar boletos diretamente, habilitar as dezenas de empresas que usam nossa API de PIX para serem participantes indiretos, oferecer novas soluções de Open Banking e core banking, entre outros serviços”

afirma França

Além de atuar no ecossistema de Open Banking, o conjunto de APIs desenvolvido pela Celcoin abrange:

  1. pagamento de contas
  2. tributos
  3. transferências via TED
  4. Pix,
  5. recargas de celular
  6. saques e depósitos na Rede Banco24Horas
  7. débito automático
  8. gift cards

A Celcoin também desenvolve um pacote de soluções para uma rede de varejistas, que usam as APIs da fintech para oferecer serviços financeiros a seus respectivos clientes. São cerca de 37 mil lojistas atuando como correspondentes digitais em quase 4 mil municípios brasileiros, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste e em localidades mais distantes dos grandes centros urbanos.

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