As fintechs de crédito têm se consolidado no cenário financeiro brasileiro, desempenhando um papel vital na inclusão financeira e na oferta de soluções de crédito.
Segundo a Pesquisa Fintechs de Crédito Digital 2024, realizada pela Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) e pela PwC Brasil, essas empresas concederam aproximadamente R$ 21,1 bilhões em empréstimos e financiamentos em 2023, um crescimento de 52% em relação ao ano anterior. Além disso, essas fintechs atenderam a 53,6 milhões de clientes, evidenciando sua capacidade de alcançar uma ampla base de consumidores.
Esse crescimento no Brasil reflete uma tendência global. De acordo com a CB Insights, no relatório State of Digital Lending 2021, os financiamentos e empréstimos digitais cresceram 220% em comparação a 2020. Esse avanço é impulsionado pela demanda por soluções financeiras mais inclusivas e acessíveis, especialmente para segmentos de consumidores (sejam pessoas jurídicas ou físicas) que enfrentam dificuldades para acessar crédito em grandes bancos. A evolução é acompanhada por inovações tecnológicas e pela oferta de serviços digitais que proporcionam juros mais atrativos. Por exemplo, entre 2022 e 2023, os juros das fintechs para cartão de crédito rotativo foram de 242,4% ao ano, enquanto a média nacional dos bancos tradicionais foi significativamente mais alta, atingindo 440,8%.
Esse avanço, no entanto, ocorre em paralelo a mudanças regulatórias importantes, desenhadas para garantir a transparência e a segurança nas operações dessas instituições.
Novas regras e impacto no setor das fintechs de crédito
Neste ano, o Banco Central aplicou novas diretrizes regulatórias, com foco na emissão de Cédulas de Crédito Bancário (CCB) pelas fintechs. Essa medida tem o objetivo de ampliar a confiança no setor, ao exigir maior conformidade regulatória, algo que promove uma competição mais equilibrada com instituições financeiras tradicionais. As CCBs são um instrumento financeiro fundamental, utilizado tanto por empresas quanto por investidores, que facilita o acesso ao financiamento. Com as novas regras, as fintechs têm a possibilidade de emitir essas cédulas sem a necessidade de uma licença bancária própria, o que acelera a criação e distribuição de novos produtos financeiros no mercado.
Além disso, o Banco Central está reforçando a supervisão das fintechs para evitar práticas abusivas e garantir que as empresas operem em um ambiente regulado e seguro. As novas exigências incluem a adoção de melhores práticas em termos de governança e gestão de risco, o que proporciona mais segurança para investidores e consumidores.
Inovações tecnológicas e vantagens competitivas
As inovações tecnológicas introduzidas pelas fintechs de crédito têm mudado a dinâmica da concessão de crédito no Brasil. A automação de processos permite uma análise mais precisa e rápida dos perfis de clientes, resultando em aprovações mais ágeis e menos burocráticas. Além disso, a personalização das ofertas de crédito, com produtos sob medida para atender às necessidades específicas de cada consumidor, se tornou um dos maiores diferenciais competitivos das fintechs em relação aos bancos tradicionais.
Essa abordagem personalizada é facilitada por tecnologias de machine learning e big data, que permitem às fintechs analisarem grandes volumes de dados em tempo real para identificar padrões de comportamento e prever a capacidade de pagamento dos consumidores. Assim, as fintechs podem oferecer condições de crédito mais justas e adaptadas ao perfil de risco de cada cliente.
A Celcoin possui uma das principais infraestruturas financeiras para fintechs de crédito, sendo uma referência no desenvolvimento de soluções inovadoras no setor. Por meio da plataforma cel_credit, é possível que negócios ofereçam uma ampla gama de produtos de crédito, incluindo crédito pessoal, consignado e antecipação de recebíveis, sem a necessidade de uma licença bancária própria.
Modular e flexível, o cel_credit automatiza processos críticos, como a análise de crédito e a gestão de cobranças, via integração com APIs que proporcionam rapidez e escalabilidade, adaptando-se às necessidades dinâmicas do mercado. Como resultado, as fintechs conseguem aumentar sua eficiência operacional, reduzir o tempo de resposta aos consumidores, melhorando significativamente a experiência do usuário e otimizando o desempenho em um ambiente competitivo, e conseguem inovar com segurança, sem os custos e a burocracia associados às operações tradicionais.
Com as novas regras implementadas pelo Banco Central, a emissão de Cédulas de Crédito Bancário (CCB), a automação de processos de análise e a personalização de ofertas, será possível garantir um ambiente financeiro mais acessível, eficiente e seguro. A expectativa é que, nos próximos anos, o Brasil continue a se destacar como um dos mercados mais inovadores para fintechs de crédito, com soluções que atendem às crescentes demandas tanto de consumidores quanto de empresas.