O Consumidor Zero representa uma nova geração de clientes que buscam preço justo, conveniência e experiências digitais simplificadas. Um estudo recente da McKinsey revelou que esses consumidores tomam decisões de compra ao combinar valor, práticas sustentáveis e acessibilidade tecnológica. Para as empresas, atender a esse público significa transformar os modelos de operação, priorizando tecnologia e soluções financeiras inovadoras. Ao mesmo tempo, essa mudança apresenta uma oportunidade única de conquistar um mercado que veio para ficar.
Por que “Consumidor Zero”?
O nome Consumidor Zero reflete suas principais características: zero folga no orçamento, zero lealdade às marcas e zero meio-termo, mas também zero barreiras para comprar e zero pessimismo. Esse perfil é marcado por maior exigência e uma postura informada, que busca flexibilidade, preços acessíveis e uma experiência integrada entre o online e o offline.
O comportamento desse consumidor também reflete preocupações com a inflação, levando à redução de compras impulsivas e à priorização de opções personalizadas e eficientes. Segundo pesquisa da McKinsey realizada em 18 países, o Brasil vive intensamente essa mudança, com consumidores mais atentos e focados em alternativas vantajosas.
Os cinco zeros do Consumidor Zero
- Zero folga no bolso: a inflação e o aumento dos gastos, que superam o crescimento da renda, colocam os brasileiros em uma posição de extrema cautela financeira. O orçamento apertado exige escolhas mais criteriosas e foco no custo-benefício;
- Zero lealdade: para encontrar o melhor preço, esse consumidor está disposto a experimentar novas marcas e abandonar antigas preferências. A lealdade, antes garantida, agora depende de estratégias que combinem preços competitivos e experiências positivas e marcantes, que integram o físico e o digital;
- Zero pessimismo: apesar dos desafios econômicos, 38% destes consumidores mantêm uma perspectiva otimista, segundo esse levantamento da McKinsey, enquanto apenas 18% se declaram pessimistas. Isso se traduz em buscas por ofertas e descontos, com 33% dos consumidores adotando o trade down – substituição de produtos por opções mais baratas;
- Zero meio-termo: mesmo cauteloso, o Consumidor Zero é impulsionado a ter pequenos momentos de indulgência. Cerca de 45% preveem compras de roupas ou alimentos como forma de compensar as dificuldades econômicas, demonstrando uma busca por equilíbrio entre austeridade e prazer;
- Zero barreiras: a pandemia acelerou o uso de canais digitais, e a tendência de compras omnichannel se consolidou: 50% dos consumidores brasileiros utilizam uma abordagem que integra o online e o offline.
Impactos no varejo e no e-commerce
O Consumidor Zero desafia o varejo e o e-commerce, mas também cria oportunidades. Com foco em preços acessíveis e experiências de compra sem barreiras, esse perfil exige que empresas invistam em soluções inovadoras. A pesquisa da McKinsey destaca que, apesar das dificuldades econômicas, os consumidores buscam produtos alinhados aos seus valores e experiências personalizadas. Empresas que integram de forma eficiente canais digitais e físicos ganham vantagem competitiva.
Estratégias omnichannel, combinadas a ofertas personalizadas e produtos acessíveis, são fundamentais para atender a esse público, que também busca:
- Planejamento e promoções: ao utilizar comparadores de preços e recomendações digitais, as empresas podem atrair consumidores focados no custo-benefício;
- Flexibilidade no consumo: o parcelamento e as assinaturas passam a ser opções de pagamento personalizadas;
- Experiência omnichannel: criar uma jornada de compra consistente entre canais digitais e físicos é uma receita que pode atrair esse cliente;
- Experiência “figital”: a integração de descontos em aplicativos com lojas físicas ou vendas por WhatsApp mantém os consumidores engajados;
- Portfólio diversificado: o sortimento de produtos acessíveis e a oferta de itens premium podem ampliar ou preservar as margens do lojista;
- Personalização: a falta de fidelidade à marca pode ser superada com a entrega de comunicação personalizada e ofertas realmente importantes para aquele cliente;
- Compra com propósito: embora o preço seja determinante, consumidores zero valorizam marcas alinhadas aos seus princípios e valores.
Como se destacar nesse nicho?
Empresas que adotam tecnologias financeiras alinhadas ao comportamento do Consumidor Zero ganham vantagem significativa. A adoção de soluções financeiras avançadas, por exemplo, é vista como um diferencial competitivo essencial para atender ao Consumidor Zero.
Na Celcoin, um portfólio robusto de soluções oferece ferramentas essenciais para otimizar operações e melhorar a experiência do cliente, com produtos que promovem flexibilidade, transparência e facilidade nas transações, e que podem fidelizar esse público exigente. Entre as soluções oferecidas pela Celcoin, destacam-se algumas que criam experiência de compra fluida, reduzem atritos e fortalecem a competitividade das empresas, como:
- Diversos métodos de pagamento, como o Pix: transações instantâneas 24/7, que simplificam o checkout e aumentam a satisfação do cliente;
- Open Finance: maior inclusão financeira e possibilidade de escolha;
- Parcelamento e cobranças recorrentes: alívio financeiro para consumidores que buscam flexibilidade, especialmente em compras maiores, e não podem comprometer o orçamento. Para o empresário, é garantia de vendas consistentes;
- Gateway de pagamento e subadquirência: integração entre canais digitais e físicos garantem excelente experiência de compra, em jornadas sem interrupções para o cliente. Para o empresário, isso representa custo reduzido nas transações;
- Antecipação de recebíveis: fluxo de caixa saudável para empresas, mesmo em vendas parceladas, garantem a liquidez para que os negócios enfrentem períodos de incerteza econômica.
A evolução do mercado digital e as oportunidades em tempos desafiadores
O Consumidor Zero está redesenhando o futuro do consumo ao adotar, cada vez mais, os canais digitais e, embora esse consumidor traga desafios, ele também representa uma oportunidade para empresas que sabem inovar. Com soluções como as oferecidas pela Celcoin, varejistas podem se destacar ao oferecer flexibilidade e agilidade.
Segundo um estudo da Juniper Research, o varejo digital global deve atingir US$ 11,4 trilhões em transações até 2029, com uma expectativa de US$ 7 trilhões para 2024. Isso representa um crescimento de 63% em cinco anos, muito impulsionado pela digitalização das compras. No Brasil, o setor deve passar de R$ 3,2 trilhões, registrados em 2023, para R$ 3,8 trilhões em 2027, representando um aumento acumulado de cerca de 20,2% ao longo do período.
De acordo com a Opinion Box, 79% dos consumidores já alternam entre o varejo físico e online, destacando a omnicanalidade (omnichannel) como uma estratégia eficaz para os varejistas. As compras exclusivamente online representam uma preferência de 9,4% dos entrevistados, enquanto 11,7% ainda optam por realizar suas compras apenas em lojas físicas.
Esse progresso mostra que alinhar inovações financeiras à experiência omnichannel é crucial para competir, e o cenário deixa claro que as empresas que investirem em tecnologias que unem digital e físico estarão mais preparadas para atender às expectativas do Consumidor Zero.
Adaptar-se a esse perfil de consumidor não é mais uma questão de sobrevivência, mas de prosperidade. Ao priorizar experiência do cliente, inovação financeira e estratégias omnichannel, as empresas podem conquistar a preferência de um mercado em constante evolução. As marcas que abraçarem essa transformação terão um papel relevante no presente, mas também a capacidade de liderar o mercado de amanhã.