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Febraban cria grupo de trabalho para atuar com BC em projeto-piloto da nova moeda

Atentos às questões que envolvem segurança, interoperabilidade e escalabilidade da moeda digital, os bancos querem atuar junto ao Banco Central (BC) no desenvolvimento do projeto-piloto do Real Digital. Essa atuação mais próxima do regulador faz parte das atribuições de um grupo de trabalho que acaba de ser anunciado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O grupo deve iniciar suas atividades até o fim de março

Inicialmente, com 15 representantes de bancos associados, o grupo vai discutir também questões sobre a infraestrutura que permita a tokenização de serviços e produtos. Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban, explica que, na primeira fase, o foco do projeto deverá ser a pessoa jurídica. 

Em um primeiro momento, o Real Digital provavelmente terá mais aplicabilidade para a pessoa jurídica. Não será utilizado em larga escala por pessoas físicas. O mercado ainda vai se desenvolver. O que estamos construindo é uma infraestrutura que permita a tokenização desses depósitos. E, a partir daí, você abre um leque de oportunidades para outros produtos e serviços no sistema financeiro”, observa Vilain.

Segundo o diretor da Febraban, o Real Digital é embasado em uma plataforma de blockchain. Trata-se de uma inovação em tecnologia da informação que, a partir de criptografia, permite criar registros, sem controle centralizado, encadeados e dependentes entre si.

Essa característica da tecnologia não possibilita alterar um registro sem modificar toda a cadeia de informações. Por isso, ela permite operações mais eficientes e seguras no sistema bancário.

“A tokenização da economia pode ser uma mudança muito significativa para o sistema financeiro, porque o cliente sai de um mundo onde está acostumado a ter dinheiro numa conta corrente e passa a ter dinheiro num token ou numa representação digital. Será uma mega inovação para o sistema financeiro, transformacional”, diz Vilain.

O Real Digital é uma CBDC (moeda digital emitida por um Banco Central, na sigla em inglês). Com a adoção da moeda digital, o cliente poderá, por exemplo, pedir ao seu banco a geração de um token (ativo digital) de um depósito bancário, de qualquer valor. 

Com esse token, que poderá ter valor parcial ou integral do montante que o cliente tenha depositado na instituição financeira, será possível efetuar transações financeiras fora do horário comercial, inclusive nos finais de semana. Entre as transações possíveis, está a aquisição de um título público.

“Se você pensar em uma transferência bancária simples, o Pix já supre essa necessidade. A questão é que a tecnologia em blockchain abre um portal para outras transações mais complexas que chamamos tecnicamente de DvP, que só se concretizam mediante a entrega de um serviço – você reserva um pagamento, mas só se efetiva quando o serviço da contraparte estiver feito”, destaca o diretor da Febraban.

Real Digital ganha forma

No início de março (6), o BC divulgou o calendário de testes para implementação do projeto-piloto do Real Digital. Esse projeto foi batizado de Piloto RD. Segundo o regulador, a fase de testes deverá estar concluída até dezembro de 2023.

A meta do BC é que as primeiras avaliações do piloto sejam concluídas até março de 2024. A maior preocupação do regulador está centrada nas questões de segurança, no funcionamento da infraestrutura e na garantia da privacidade das informações. Para a população em geral, as primeiras experiências com o Real Digital só deverão acontecer no fim de 2024.

Na Febraban, os casos de uso do Real Digital entraram em pauta em 2021, mas as discussões sobre a aplicação de blockchain para transações financeiras e casos de uso em bancos acontecem na instituição desde 2018. 

Em 2022, a Febraban foi uma das participantes do Lift Challenge, projeto do Banco Central para avaliar casos de uso da moeda digital. No Lift Challenge, a Federação apresentou um projeto de DvP direcionado a grandes transações no atacado.

Nesse projeto, o dinheiro da transação sai da conta do pagador e permanece “em ambiente de blockchain” até que os negócios sejam efetivamente concluídos. A liquidação financeira só ocorre após a concretização de um evento no mundo real – neste exemplo, a entrega do ativo financeiro.

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