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FIDCs de recebíveis batem o CDI em 2024 e seguem promissores para 2025

As condições macroeconômicas desafiadoras não tiraram o apetite dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) de recebíveis, que atualmente detêm uma fatia de 25% do mercado geral no Brasil. Seu patrimônio líquido (PL) atingiu R$ 56,74 bilhões em dezembro de 2024, alta de 29,56% na comparação anual, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e Capitais (Anbima).

Em 2024, segundo levantamento feito pela agência de risco Liberum Ratings, o desempenho dos FIDCs bateu o CDI em suas categorias de cotas, registrou um rendimento acima do Ibovespa, que caiu 10,33%, e superou o IMA-B – que engloba os títulos atrelados à inflação e que teve queda de 2,44%.

O levantamento avaliou uma base de 101 FIDCs de recebíveis comerciais monitorados e apontou diversos outros índices de crescimento no período:

Cotas seniores
As cotas seniores dos FIDCs – que oferecem proteção aos investidores em caso de inadimplência – contabilizaram uma rentabilidade média de 15,53% no ano, ante 11,09% do CDI.

Cotas subordinadas juniores
As cotas subordinadas juniores – que não contam com a proteção e normalmente ficam nas mãos dos originadores e gestores – entregaram um retorno de 28,83% aos investidores, o que representa 160% do CDI.

Duplicatas comerciais
No período, houve uma redução de participação das duplicatas comerciais nas carteiras avaliadas pela agência – de 76,50%, em novembro de 2022, caiu para 70,81% em dezembro do ano passado.

Notas comerciais
No período, houve um aumento da participação das notas comerciais – de 3,33% em janeiro de 2024, subiu para 8,26% em dezembro.

Cédulas de Crédito Bancário (CCBs)
Já as Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) registraram recuo nas carteiras, de 9,88% para 6,94% na mesma comparação entre janeiro e dezembro de 2024.

Aumento na liquidação em atraso
Houve uma tendência de aumento na liquidação em atraso, com um volume mais acentuado de recebíveis pagos após três dias do vencimento (D+3) – de 16% em janeiro subiu para 21,60% em dezembro do ano passado.

“É fundamental acompanhar de perto a evolução dos índices de liquidez, pois um aumento contínuo na inadimplência pode gerar impactos diretos na previsibilidade dos fluxos de caixa dos fundos e na percepção de risco pelos investidores”, aponta a Liberum Ratings no levantamento.

Mercado de FIDCs de vento em popa em 2024

Os resultados ajudaram a impulsionar o crescimento do mercado de FIDCs em geral, que no ano passado atingiu o maior PL já registrado por esses fundos, de R$ 589,3 bilhões, conforme informações da Anbima, superando o montante movimentado pelos fundos de ações, que somaram R$ 584 bilhões no período. O desempenho aponta uma tendência de uma exposição cada vez maior dos investidores a ativos ligados ao crédito privado.

Alguns fatores influenciaram essa temporada de bons frutos para os FIDCs. A retomada da política monetária mais austera, que implicou na retomada do ciclo de alta dos juros, estimulou a migração dos capitais da renda variável para fixa, que passou a oferecer retornos mais atrativos para os investidores, beneficiada com esses ajustes altistas da Selic. Além disso, a própria indústria do crédito está passando por mudanças estruturais, com o deslocamento da busca por recursos do mercado bancário para o de capitais, diante do receio dos bancos em oferecer crédito para as empresas em um momento econômico mais desafiador.

2025: promessa de nova expansão, mas com atenção redobrada ao risco

Para este ano, a expectativa é de que os FIDCs de recebíveis comerciais sigam em rota ascendente de expansão, motivados principalmente pela migração do crédito bancário para o mercado de capitais, além da maior aceitação desses fundos como instrumentos estratégicos para empresas, investidores institucionais e pessoas físicas.

De acordo com a análise da Liberum, a expectativa de elevação da taxa Selic pode tornar os fundos de recebíveis ainda mais competitivos, favorecendo a ocorrência de novas captações e emissão de cotas. Mas os especialistas da casa também chamam a atenção para a importância da gestão do risco de crédito, por conta do aumento da inadimplência. 

“Consultores e gestores de FIDCs precisarão continuar aprimorando suas estratégias de governança e originação do crédito, garantindo um equilíbrio entre rentabilidade, pulverização e segurança. A transparência na divulgação dos dados e a adaptação às mudanças no mercado de crédito serão diferenciais para manter a confiança dos investidores já existentes e atrair as pessoas físicas, por conta da resolução CVM 175, e sustentar o crescimento do setor”, conclui.

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