Historicamente, o Brasil possui um sistema bancário concentrado e com altas taxas de juros. De acordo com a Serasa, o crédito no país está entre os mais caros do mundo, dificultando o acesso ao financiamento para muitos brasileiros. Essa realidade tem levado consumidores e empresários a buscar alternativas mais acessíveis e menos onerosas. O futuro do crédito no Brasil está sendo moldado por uma combinação de inovação tecnológica, novos modelos de negócio e entrada de players não tradicionais.
Fintechs, Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e empresas não financeiras lideram essa transformação, oferecendo soluções mais ágeis, acessíveis e adaptadas às necessidades do mercado, que recorre cada vez mais ao crédito para se desenvolver. Além da agilidade e inclusão financeira, o cenário exige adaptação das empresas que desejam se manter competitivas, atualizadas e prósperas.
Fintechs seguem impulsionando a inovação
As fintechs continuam revolucionando o mercado de crédito brasileiro ao oferecer soluções ágeis e acessíveis para consumidores e empresas, desempenhando um papel essencial na inclusão financeira e na diversificação da oferta de crédito.
Segundo a Pesquisa Fintechs de Crédito Digital 2024, realizada pela Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) e pela PwC Brasil, essas empresas concederam aproximadamente R$ 21,1 bilhões em empréstimos e financiamentos em 2023, um crescimento de 52% em relação ao ano anterior. Além disso, atenderam 53,6 milhões de clientes, evidenciando sua capacidade de alcançar uma base ampla de consumidores e ganhar a confiança dos brasileiros nos serviços financeiros digitais.
Esse crescimento no Brasil reflete uma tendência global. De acordo com o relatório State of Digital Lending 2021, da CB Insights, os financiamentos e empréstimos digitais cresceram 220% em relação a 2020. Esse avanço é impulsionado pela demanda por soluções financeiras mais inclusivas e acessíveis, especialmente para segmentos de consumidores, sejam empresas ou indivíduos, que enfrentam dificuldades para acessar crédito nos grandes bancos.
A evolução também é acompanhada por inovações tecnológicas e pela oferta de serviços digitais com juros mais atrativos. Entre 2022 e 2023, por exemplo, as fintechs praticaram taxas de 242,4% ao ano para cartões de crédito rotativo, enquanto a média dos bancos tradicionais foi significativamente superior, atingindo 440,8%.
FIDCs se consolidam como uma alternativa segura para investidores
Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) têm ganhado destaque como uma solução eficiente para captação de recursos e oferta de crédito. Esses fundos permitem que empresas transformem seus recebíveis em títulos negociáveis, atraindo investidores em busca de retornos atrativos e relativamente seguros.
Nos últimos anos, os FIDCs têm registrado um crescimento expressivo no Brasil. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o patrimônio líquido dos 45 mil fundos existentes no país era de R$ 9,2 trilhões em julho de 2024, um aumento de 15% em comparação a julho de 2023, quando o total era de R$ 8 trilhões. Dentre esses fundos, cerca de três mil eram FIDCs (dados de novembro de 2024), somando um patrimônio líquido de R$ 607 bilhões, um crescimento de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando esse montante era de R$ 467 bilhões.
Esse crescimento demonstra a confiança dos investidores nessa classe de ativos, oferecendo às empresas uma alternativa viável para ampliar sua capacidade de crédito sem depender exclusivamente das instituições financeiras tradicionais.
Empresas não financeiras se tornam novos players no mercado de crédito
Um dos movimentos mais disruptivos do cenário financeiro atual é a entrada de empresas não financeiras no mercado de crédito. Varejistas, operadoras de telecomunicações e gigantes do e-commerce estão se tornando players ativos, oferecendo soluções de crédito integradas aos seus produtos e serviços.
Essa estratégia fortalece a relação com os consumidores, gerando um ciclo vantajoso para o futuro do crédito: os clientes ganham mais opções de meios de pagamento e estilos de compra, enquanto as empresas ampliam a fidelização e, consequentemente, a receita.
Um exemplo dessa tendência é o crescimento do crédito instantâneo no e-commerce. Lojas online já oferecem parcelamento ou empréstimos diretamente no checkout, simplificando a jornada do consumidor e aumentando as taxas de conversão. Além disso, empresas de telecomunicações criam programas de crédito para facilitar a aquisição de aparelhos e planos, enquanto varejistas físicos e digitais disponibilizam cartões de crédito próprios, muitas vezes com benefícios exclusivos.
Celcoin e o futuro do crédito
Essa expansão do crédito — por fintechs, FIDCs e empresas não financeiras — é impulsionada pela tecnologia, que viabiliza a integração ágil e segura de diversas soluções. Plataformas como o cel_credit, da Celcoin, desempenham um papel essencial nesse ecossistema, fornecendo a infraestrutura necessária para que empresas ofereçam crédito de maneira eficiente, alinhada às regulamentações e às expectativas dos consumidores.
Com expertise em pagamentos, soluções financeiras digitais e forte foco na experiência do usuário, a Celcoin se posiciona como uma aliada estratégica para empresas que desejam entrar ou se consolidar no mercado de crédito. Ao integrar serviços de crédito a diferentes setores, ela amplia oportunidades para fintechs, FIDCs e empresas não financeiras, contribuindo para a democratização do acesso ao crédito no Brasil, um dos grandes desafios do setor financeiro nacional.
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