Número total de transações com pagamento instantâneo (Pix) no primeiro semestre de 2024 chega a 29 bilhões
No primeiro semestre do ano, o uso do Pix superou todas as demais transações dos meios de pagamentos juntas. Enquanto as operações com a ferramenta de pagamento instantâneo totalizaram 29 bilhões, entre janeiro e junho deste ano, a soma de todas as transações realizadas com cartões de crédito, débito, pré-pago, boleto, TED e cheque chegou a 24,2 bilhões.
O total das transações com Pix registrado nos primeiros seis meses deste ano representa um incremento de 61% em relação à quantidade de operações feitas com a ferramenta de pagamento instantâneo no mesmo período de 2023. Transações com outras modalidades de meios de pagamento também registram aumento, no mesmo período de comparação, embora bem abaixo do volume apresentado pelo Pix.
Uso de cheques despenca com a crescente do Pix
A análise da Febraban mostrou ainda um aumento das operações com cartões. Esse incremento vale tanto para a modalidade de pré-pago (22%) quanto para cartão de crédito (13,1%) e cartão de débito (1,2%). Por outro lado, transações com TED caíram 9,1%; e os pagamentos utilizando cheques despencaram, com variação negativa de 35,6%. Já as operações com boletos não apresentaram diferenças.
Quanto aos valores transacionados, apesar da queda na quantidade de operações, o volume total envolvendo TED ainda foi o mais relevante no primeiro semestre do ano, somando R$ 20 trilhões, enquanto o total dos valores de transações referentes ao Pix alcançou R$ 12 trilhões.
Na terceira posição, vêm os boletos, com R$ 3 trilhões. Logo atrás dos boletos, estão as transações com cartões de crédito (R$ 1,3 trilhão), cartões de débito (R$ 486 bilhões) e, em último lugar, os cheques (R$ 235 bilhões).
Os dados foram reunidos pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a partir de informações divulgadas pelo Banco Central do Brasil (BC) e pela Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs).
Ferramenta para inclusão financeira
Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, observa que as estatísticas reforçam o papel do Pix na inclusão financeira da população brasileira.
“É um sucesso nacional e um exemplo internacional. Não é à toa que o DOC, com 37 anos de uso, foi descontinuado pelo mercado financeiro no último mês de fevereiro, principalmente pelo fato do uso maciço do Pix”, ressalta Faria.
O levantamento da Febraban também revela que o Pix é o preferido para pagamentos de menor valor. Faria lembra que essa era uma característica da ferramenta na época do seu lançamento, novembro de 2020. Muito usado para pagamentos rotineiros, o Pix alcançou tíquete médio de R$ 410 no primeiro semestre deste ano.
O e-commerce também está dando um empurrãozinho nas transações com Pix, por oferecer descontos nessa modalidade. Há ainda a opção de boletos com QRCode, o que impulsiona ainda mais as transações com a ferramenta de pagamento instantâneo, detalha Faria.
Escalada de transações Pix
As operações do Pix continuam em ascensão e batem consecutivos recordes. Em 6 de setembro, foram 227,4 milhões de transferências, batendo o recorde diário anterior, registrado em 5 de julho, que foi de 224,2 milhões de operações.
As estatísticas do BC apontam que, até o fim de agosto deste ano, foram registradas mais de 789 milhões de chaves, sendo a maioria (mais de 750 milhões) de pessoa física. No mesmo período, o número total de contas cadastradas para uso do Pix superou a marca de 538 milhões.